O Megafone do Pacheco

Um mundo visto por um adolescente.

Sunday, September 23, 2007

66ª Divulgação - Há coisas fantásticas, não há?

Hoje em dia, existem várias formas de publicitar determinado evento, produção ou acontecimento. Pode-se anunciar em televisão, cinema, outdoors, internet, em papel e haverão mais, com certeza, mas de repente nada me ocorre.

Venho falar mais concretamente do último exemplo, que me parece ser o tipo de publicidade mais marcante, pelo menos o mais persistente.

Voltando atrás no tempo, 2 anos para ser preciso, vejo-me a mim a ir para o Metro de Telheiras, sossegado, a entrar dentro da estação, a agarrar no Metro, o jornal diário e gratuito de cerca de 10 páginas e a seguir caminho, para onde o compromisso me levasse.

Volvidos 2 anos, encaminho-me para o Metro, como normal, e sou desde logo abordado pela Sra. Destak, pela Sra. Global, pela Sra. Metro e ainda pela Sra. Meia Hora, isto tudo em cerca de 20 segundos, onde eu nem consigo esbocejar um "bla" quanto mais um "Não, obrigado".

Fico assim a saber através de 4 perspectivas quase idênticas que a Britney Spears esteve mal nos Europe Music Awards e fico ainda na posse de 40 páginas de jornalismo gratuito (isto porque considero injusto classificá-los como mau, visto ser de borla).

O cúmulo acabou por ser nesta última sexta, à noite, quando eu e amigos nos dirigiamos para o Bairro Alto, e à saída do metro um deles recebe um papel da TV Cabo a falar das novas promoções. Sendo ele um respeitador do ambiente, agarrou-se ao papel até descobrir um caixote do lixo.

Distraido que ia, acabou por encontrar um caixote e no preciso momento em que acaba de mandar o papel, acaba por aceitar outro no mesmo segundo, com a mesma mão, que curiosamente lhe informava das novas promoções da TV Cabo.

Há coisas fantásticas, não há?

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.

Sunday, September 16, 2007

65ª Divulgação - Já me "bateram" 10 mil vezes

É com grande alegria que vejo o contador do meu humilde site chegar ao número 10.000, ou seja, já vieram visitar este modesto site o equivalente ao número de sócios do Estrela da Amadora, o que me deixa bastante extasiado.

Resolvi pensar o que 10.000 poderia significar hoje em dia, já que somos cada vez mais uma sociedade movida por números, contas e provérbios, claro.

São estes os números que tenho, so far :

- 10.000 é o número de Benfiquistas que ainda acreditam no poderio do Nuno Gomes, visto que 9.900 desses acham que o Eusébio devia jogar mais tempo.

- 10.000 é o número de Maridos que compraram o CD das Chiquititas para os filhos, sendo que apenas 5.000 são Pais.

- 10.000 é o número de pessoas que ainda acham que um "otorrino" é uma doença de Lúcifer, sendo que 200 delas afirmam mesmo padecer dessa enfermidade.

- 10.000 é ainda o número de vezes que esta página foi aberta, sendo que 9.900 dessas vezes, fui eu.

Se me falta alguma utilização do número, tenham o obséquio de me informar.

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.

Friday, September 07, 2007

64ª Divulgação - Expressões, Guiões e Guionistas

Ainda dentro do mesmo assunto da divulgação passada, deparei-me, numa tarde digna de um Março primaveril, em frente a uma televisão, vá-se lá saber porquê.

Pelo meio do meu zapping, paro numa série vespertina que passa na TVI, com a qual fico sempre com um sentimento estranho de déjà vu, de seu nome "Max".

Não achando grande assunto no "Contacto" nem nas "Pistas da Blue", resolvo tentar a minha sorte com esta série juvenil cheia de morais fantásticas para eu usufruir no meu dia-a-dia.

Subitamente, algo tão rápido e tão incisivo como uma bala, uma flecha, ou mesmo um Ferrari daqueles mesmo muita bons, atinge-me, deixando-me completamente atordoado e confuso só do mais pequeno contacto com isso.

Uma rapariga, aparentemente de 12 anos, a proferir para o seu irmão ainda mais novo, numa conversa banal em que provavelmente o cão foi um herói do camandro, algo como
- "Ele está só a mangar contigo, pirralho"

Os guionistas põem-me a pensar que a profissão deles resume-se a escrever diálogos absurdos nas suas recatadas e agrestes grutas, enquanto ouvem Rui Veloso no rádio a pilhas, a cantar "Não há estrelas no céu".

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.