75ª Divulgação - A mítica colher
De tempos a tempos, tendo o carro para arranjar (o que já começa a ser recorrente), tenho o deleite de aproveitar a boleia de um amigo meu para a faculdade. Na, também ela recorrente, pressa a sair de casa, pego no belo do iogurte de manga e numa colher adequada e saio da habitação.
Acabado que está o iogurte, lambuzo a colher, dou uma esfregadela na camisola, e guardo no estojo. Será normal então que me ouçam chocalhar pelos corredores da faculdade e em dias mais estranhos, também me poderão ouvir mugir.
Um dia destes, numa aula, estou eu com o estojo aberto, e alguém sentado ao meu lado pergunta "Por acaso não tens uma caneta..?" - e ao dizer isto, fica confuso, diria mesmo perdido.
"Tu tens uma colher no estojo?"
Eu sem muitos rodeios respondo que às vezes dá jeito, ao que ele acena, meio assustado.
Uns dias depois, na necessidade do belo café, saí da biblioteca, onde deixei os meus afazeres universitários a jazer. Ponho as moedas, escolho o curto, porque não quero perder tempo a beber e recolho o café. Num gesto quase automático, "pego" na colher, que não tinha saído.
Corri para a biblioteca, deixei o café à porta, tirei a colher do estojo e voltei para apreciá-lo. Retornei a lambuzá-la, esfreguei na camisola e pu-la de volta no seu sítio.
E o burro sou eu?
Com os maiores cumprimentos, Pacheco.
Acabado que está o iogurte, lambuzo a colher, dou uma esfregadela na camisola, e guardo no estojo. Será normal então que me ouçam chocalhar pelos corredores da faculdade e em dias mais estranhos, também me poderão ouvir mugir.
Um dia destes, numa aula, estou eu com o estojo aberto, e alguém sentado ao meu lado pergunta "Por acaso não tens uma caneta..?" - e ao dizer isto, fica confuso, diria mesmo perdido.
"Tu tens uma colher no estojo?"
Eu sem muitos rodeios respondo que às vezes dá jeito, ao que ele acena, meio assustado.
Uns dias depois, na necessidade do belo café, saí da biblioteca, onde deixei os meus afazeres universitários a jazer. Ponho as moedas, escolho o curto, porque não quero perder tempo a beber e recolho o café. Num gesto quase automático, "pego" na colher, que não tinha saído.
Corri para a biblioteca, deixei o café à porta, tirei a colher do estojo e voltei para apreciá-lo. Retornei a lambuzá-la, esfreguei na camisola e pu-la de volta no seu sítio.
E o burro sou eu?
Com os maiores cumprimentos, Pacheco.