O Megafone do Pacheco

Um mundo visto por um adolescente.

Saturday, April 29, 2006

36ª Divulgação - "Essential" o tanas!

Boas noites!

Ultimamente, tenho visto muitos anúncios a um novo produto, que não é um iogurte, mas também não é um sumo, chamado "Essential".
"Essential" pois cada um dos pacotes, segundo eles, substitui a peça de fruta diária aconselhada pelos médicos.

E tudo isto fazia bastante sentido para mim, até o próprio anúncio (Aquele do miúdo que diz "Porquê?" , "Porquê?" , "Para quê?") me fazia sorrir.

Mas tudo mudou drasticamente, quando passei pela frutaria aqui do sítio. Sendo eu um apreciador de bananas, ao ver um pack de 3 "Essential" de banana, resolvi comprar, para provar.
Qual não é o meu espanto, quando olho para ecrã pequeno, onde aparecem os preços a verde em fundo preto, com o módico preço de 2,45€.

Paguei. Resolvi prová-lo de imediato. Abri, dei um gole e veio-me um sabor que tinha de facto banana na sua constituição, mas o sabor não era, nem de perto nem de longe, semelhante ao de uma banana.

Agora eu pergunto, qual é o sentido de comprarmos uma "peça de fruta" em pacote, quando custa o quádruplo? Tal como podemos pôr o "Essential" no frigorífico, para ele ficar fresco, também podemos pôr uma peça de fruta. Tal como podemos levar um "Essential" no bolso (onde vai, invariavelmente, ficar quente, eliminando assim a 1ª comparação), também podemos levar uma peça de fruta no bolso, para as mais delicadas, dentro dum saco.

E enquanto com uma peça de fruta temos o sabor original, com o "Essential" temos um sabor semelhante.

Tendo isto, tenho duas perguntas muito simples..

Porquê? E para quê?

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.

Wednesday, April 26, 2006

35ª Divulgação - Taxistas

Boas tardes!

Há uns dias, apanhei boleia de um táxi (uma boleia.. paga) desde as Docas até Telheiras, isto tudo às 5h da madrugada.
Este programa é provavelmente semelhante a muitas pessoas, nem sempre das Docas, nem sempre até Telheiras, mas semelhante.
E normalmente, se a volta é feita dentro de um táxi, das duas uma : Ou não têm carro, ou têm mas a quantidade de sangue no alcoól impede-os de conduzir.
E o mais provável é os que não têm carro, estarem na mesma situação.
Para estes, a viagem de volta a casa, é sempre muito curta, como se nada tivesse acontecido desde o momento em que entraram até ao que momento em que saíram do táxi.

Mas desta vez, foi diferente. Eu ia lúcido. Lúcido e atento à estrada, já que enjoo bastante num carro.
Na minha atenção, algo adormecida, do cansaço, reparei no velocímetro, que marcava 175 km/h, e quando voltei a levantar a cabeça, vi-o a fazer ultrapassagens ora pela direita, ora pela esquerda, criando uma sensação de slalom.
Baixo novamente a cabeça, verifico a carta de condução, "Jorge Cruz". Faço do meu horizonte a cara do motorista, e confirmo, tem cara de Jorge Cruz. Fixo os olhos no taximetro, tiro a carteira, e faço contas à vida.
Os meus companheiros de viagem, a meditar, desde que se viram sentados, no banco de trás, nem reparam que ao meu lado ia o Fangio.
Chegados ao destino, já cá fora, apercebi-me que apesar da absurda condução do Shôr Jorge, eu manti-me calmo e despreocupado um pouco na ingenuidade de que sendo um profissional, tem mais é que não ter acidentes!

Mas agora fora de monólogos, já alguem presenciou (directa ou indirectamente) um acidente de um táxi?

É que eu assusto-me só de ver a velocidade que algumas montanhas-russas chegam a ter, e nem esboçei sequer reacção com a condução deste assassino.

Ainda ontem, no Playcenter, gritei mais que a menina de 3 anos, que ia no carrinho da frente.

Com os maiores cumprimentos, Pacheco

Sunday, April 23, 2006

34ª Divulgação - A "Tia" Maya

Boas noites!

Ontem, na esperança de relembrar os inesquecíveis e marcantes momentos da minha viagem de finalistas, fui a um bar (cujo nome não revelarei, pela pouca relevância que tem. (É o Buddha, nas Docas, ao pé da Toyota Box)) onde ia haver uma festa de Remember, devidamente patrocinada e apetrechada pela agência em questão.
Pormenores àparte, soube poucos minutos antes de entrar, que eu tinha direito a entrada VIP, ou seja, que estaria na lista de guests o que me deixou bastante eufórico, dado a entrada ser a módica quantia de 12€.
Chegado à porta, deparo-me com a Maya que me enfrenta com um assustador "Façam fila para este lado e dêem aqui 12€ à Tia!"
Com um misto de medo e de consternação, aconchegados de uma confusão fugaz, já que por momentos julguei-a de facto minha Tia, perguntei-lhe, delicadamente, onde seria a entrada, cujo chão deveria estar forrado por uma carpete de tons avermelhados, ao que ela me indicou o seu colega, de facetas rudes e antipáticas, com uma lista algo avolumada (o que me fez sentir muito menos guest), onde pude indicar o meu nome e entrar "à pala" .
Acabada a noite, e com uma cerveja consumida, reparei que o meu cartão dizia "Consumo mínimo : 12€" o que me fez pensar que se tinham enganado, e não me tinham dado o cartão VIP.

Mas não. Chegado à caixa, mostrei o cartão, com apenas uma Super Bock rabiscada, através de uns confusos números, e diz-me a senhora " São 12€ se faz favor " ao que eu, estupefacto indaguei "Mas eu sendo guest não teria de pagar apenas o que bebo?" ao que a senhora me diz "Não faço ideia, isso teria de se ver com a gerência."

E pensei eu "Ora bem, são 5h30 da manhã, tenho uma forte pressão na zona intestinal causada pelos poderes laxativos do café, sou um jovem de 18 anos, pelo que provavelmente a gerência vai ser o segurança de 2 metros que guardou o Piso 1 a noite toda, além do mais tenho famintos e regados companheiros de borga na fila, com uma nota de 10 e uma moeda de 2€, ansiosos por pagar os seus 2 whisky cola, e apanharem o fogareiro mais próximo"

Bastaram 2 segundos para solucionar este complicado problema "Tem troco de 20€ ?"

Acho que para a próxima arrisco a Tia Maya.

Ao menos fico em família.

Com os maiores cumprimentos, Pacheco

Friday, April 21, 2006

33ª Divulgação - Porquê cinzeiros?

Boas noites!

Epá... estive a pensar...

Qual é a cena dos cinzeiros?

Um cinzeiro é provavelmente aquela coisa que toda a gente, fumadora ou não, tem em casa! Por mais disfarçado que esteja, existe.

Porquê? Por razões muito simples.. Ora vejam porque é que funciona oferecer um cinzeiro como prenda :

- Porque é muito basicamente, uma taça com falhas (para pousar o cigarro), por isso não há muito por onde apreciar
- Porque é motivo para qualquer tipo de desenho, alegoria ou cor, logo se formos ao Brasil, podemos arranjar um cinzeiro a dizer Brasil, e dizer que é a lembrança.
- Porque é barato, e há em todo o lado : supermercados, lojas, pastelarias, estações de serviço..
- Porque é provavelmente a única coisa que TODA a gente sabe fazer com barro ("O que será que lhe vou fazer... hm.. um avião?... Uma caneca?... Um castelo??... ahhhh que se f***, vai um cinzeiro, ele 'tá-se a cagar de qualquer forma")

E mesmo os anti-tabagistas, ou os não-fumadores oferecem cinzeiros, porque toda a gente acha que um cinzeiro pode ser além de um "local" para depositar cinzas e beatas, um objecto alegórico, um objecto decorador.

Tipo, vamos a uma visita de estudo a uma fábrica de cerâmica, e o que é que eles oferecem no fim aos miúdos (nós ou outra escola qualquer) ?!
Cinzeiros.

É um complot, acreditem!
Dizem que a verdadeira mensagem é "Sê feliz" ... Pois eu acho que é "Sê feliz. E fuma"

Com os maiores cumprimentos, Pacheco

Tuesday, April 18, 2006

32ª Divulgação - Exploração

Boas noites!

Penso que está na altura de alguém dizer que já chega...!

O actor Francisco Adam morreu no passado fim de semana, devido a um acidente de automóvel.
É triste, tal como é triste que as outras milhares de pessoas que morrem na estrada tenham morrido, por culpa própria ou não.

Agora, não entendo, como é que é possivel, um canal invadir toda a sua privacidade e dor, num momento solene como este, simplesmente para poder explorar tudo o que possa à volta do pobre rapaz!

Morreu, é uma pena, mas xô!

O mais ridículo é o facto de eu neste preciso estar a receber mensagens para levar uma peça de roupa laranja amanhã, em honra do "Dino" ..

Pelo amor de deus... Se levassem todos roupa igual, cada vez que alguém morre na estrada, eu aderia. Agora porque um bacano é mediático, já é uma cena nacional ?

Sem exageros, se faz favor.

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.

Monday, April 17, 2006

31ª Divulgação - Noticiários da tanga

Boas tardes!

Regressado das férias, regressa igualmente o blog, e regressam as suas iluminadas divulgações (nem tanto, mas pareceu-me poético)

Eu sinto-me cada vez mais, a viver num eterno déjá vue, pelo menos as notícias são sempre as mesmas. Ou é o preço da gasolina que subiu, ou é um novo imposto que foi legislado, ou é mais um ataque ora no Irão ora no Iraque e por outro lado ora em Israel, ora na Palestina.

Começo a ficar seriamente saturado dos noticiários... Não se podem simplesmente pôr aspas? Não sei, punham assim umas aspas no ecrã!

E outra coisa que me aflige, é o facto de darem tempo de antena a uma labrega como a Marina Mota, no canal público, para ela cantar.
Epá... já nao chega haverem Ágatas e companhias a esmifrarem as cordas vocais pelos 4 canais, agora temos de aturar a Marina Mota armada em fadista?
Poupem-me...

Com os maiores cumprimentos, Pacheco