O Megafone do Pacheco

Um mundo visto por um adolescente.

Tuesday, July 04, 2006

48ª Divulgação - O inolvidável problema

Escolher o "curso que queremos" foi sempre o maior problema para os estudantes, como eu, do 12º ano, quando acabam o Secundário. Muitos acabam por ser forçados a escolher os cursos para os quais as médias dão, acabando por engrossar as fileiras de empregados/desempregados infelizes deste país, uns porque fazem o que não querem, outros porque não fazem o que querem.
Estando eu nesta posição, da escolha, deparo-me com vários problemas :
- Por um lado, não sei o que quero fazer. As pessoas sempre me perguntaram "Então queres ir para quê?" e eu "Engenharia" e eles "Engenharia do quê", e lixavam-me sempre, porque para essa é que eu já não tinha resposta.
- Por outro, a minha média não é brilhante, mas chega perfeitamente para qualquer um do cursos para os quais eu poderia ir (Sendo que ponho logo de partida Engenharia do Plancton, Engenharia do Ambiente, etc)
- Por fim, tenho ainda de escolher acertadamente a Universidade. Quero ser bom no que faço, não quero ser o melhor. Portanto, quero uma boa universidade com um bom ambiente num curso razoável (visto que "bom curso" não existe no meu horizonte).

E tudo isto, tendo 18 anos, sendo que esta decisão vai implicar os próximos 80 anos (num país com uma esperança média de vida de 98 anos!).

O mais preocupante disto tudo, é que sei que vou escolher mal, qualquer uma que seja a minha escoha.

Com os maiores cumprimentos, Pacheco

PS : Desculpem lá a interrupção, mas andava em exames!

4 Comments:

  • At 9:37 AM, Blogger Isabel Da Rocha said…

    Tenho dez anos mais que tu, curso feito e uns bons anitos de esforço laboral intenso.

    Ainda hoje acho que não fiz a escolha certa, não por mim, mas porque me venderam o peixe errado.

    Descobri então que o melhor é mesmo escolher o que mais gozo pessoal te der...o resto virá por acréscimo!

    Já agora: contrapõe os níveis de pressão exterior...se eu bem me lembro, pais, amigos e afins são as principais causas para momentos de horrível angústia nessa fase da vida. Apre!!!

     
  • At 11:13 AM, Blogger J said…

    Engraçado como ou não sabemos o que fazer ou então sabemos tão bem que quando chega à altura, afinal não era bem aquilo. Eu sempre soube muito bem o que queria fazer e passei por várias profissões que não tinham nada a ver mas em todas elas tinha a certeza de que era mesmo aquilo. Até há uns meses queria, com toda a certeza, ir para Farmácia. Agora já não sei e acho que quero mesmo é ir para Medicina.
    Resta-nos pensar que há sempre mais qualquer coisa do que aquilo que escolhemos fazer profissionalmente e não restringir a nossa felicidade a um só plano da nossa vida.
    *

     
  • At 7:13 AM, Blogger Cate said…

    Como é que eu também já passei por isso e sei como é horrível a sensação de "Vou escolher isto. E se não der certo? E se eu me tornar numa adulta frustrada que não se consegue levantar de manhã com um sorriso sabendo que vai trabalhar numa coisa que odeia?". Mas também penso que não podemos ser tão pessimistas, temos que pensar por nós mesmos, sem pressões de terceiros, antes de tomar a nossa decisão e depois encará-la confiantes que nos vamos dar bem. Acho que não podes começar logo a pensar que vai correr mal.
    Por isso vai lá para Engenharia do Plancton, whatever that is, e aproveita :) Beijinho!*

     
  • At 5:51 AM, Blogger DR said…

    Passei exactamente pelo mesmo dilema há alguns anos atrás.
    Se não sabes que curso tirar então a resposta ao "engenharia quê?" é, na minha opinião, uma engenharia clássica numa universidade clássica.
    É a melhor ferramenta para enfrentares os desafios do futuro.
    Formei-me em Engenharia Civil no Técnico e estou a trabalhar em Consultoria Farmacêutica.

     

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