61ª Divulgação - "Proverbiar"

Somos um povo tradicional, com uma educação tradicional e claro está, tradições é o nosso forte.

A nossa simpática população tem o engraçado hábito de enfatizar determinadas situações com provérbios, mesmo que já tenham sido explícitos o suficiente com os argumentos apresentados.
É recorrente ouvirmos quando recebemos uma prenda à qual torcemos o nariz "A cavalo dado, não se olha o dente" ; quando fazemos alguma coisa má, recebemos um "Quem semeia ventos, colhe tempestades" ou ainda quando a vida não corre bem e nos atiram um "Depois da tempestade, vem a bonanza".

Não sei como é convosco, mas mesmo aqueles que me deveriam alegrar, não o fazem, secalhar por ser bastante céptico. Aposto como o engraçadinho que pensou nesta última não tinha uma namorada infiel ou um padrasto com inclinações sexuais algo estranhas (não que eu tenha, atenção).

Mas estive a pensar, e gostava de saber quem foi o criador do "Quem não arrisca, não petisca". É verdade, este sim aproveita-se, mas também é vero que ninguém usa a palavra "petisca", até porque isso pode ser bastante incoveniente em várias situações.

Peço então, que me acrescentem à lista de criadores de provérbios, e retirem esta frase abichanada da vossa cabeça, para começarem a usar "Quem não luta, não refuta." que é bem mais catchy!

Com os maiores cumprimentos, Pacheco.