O Megafone do Pacheco

Um mundo visto por um adolescente.

Friday, September 23, 2005

22ª Divulgação - Utopias

Boas noites!

Hoje foi um dia complicado, mas recebi uma boa notícia. Um certo viewer, disse-me, em pessoa, que tinha gostado imenso da 21ª divulgação. Um grande obrigado, são essas preferências que me dão alento para continuar!

Sem dramatismos, claro.

Seguindo... Hoje fui ver o " The Cut " , com o Robbin Williams, em que nos fala duma suposta civilização futura, em que pode ser, segundo a vontade e o esforço monetário dos Pais, implementado um mecanismo que permite gravar tudo o que esse ser humano vê e ouve para uma cassete que dura para a posterioridade, que depois será vista, após ter sido trabalhada por um "Editor", que faz uma espécie de síntese dos bons momentos das milhares de horas gravadas através do tal mecanismo.

Isto, a história à volta do filme, é o que me interessa para esta divulgação.

Imaginem que tinham esse mecanismo. Imaginem que toda a vossa vida esteve, estava e estaria a ser gravada, para que mais tarde alguém próximo, filho, filha, marido, mulher, pai, mãe, a visse e a pudesse relembrar.

Como agiriam a partir do milésimo de segundo (enquanto vivos claro) em que sabiam que toda a vossa vida seria vista na íntegra, por alguém que não vocês?

Com os maiores cumprimentos, Pacheco

5 Comments:

  • At 5:44 PM, Anonymous Anonymous said…

    isso recorda-me uma grande obra de George Orwell, 1984..no qual as pessoas viviam constantemente observadas e vigiadas pelo 'grande irmao',o que é, de facto, assustador.Assusta-me imenso pensar que um dia isso pudesse acontecer (já tivemos mais longe,o carrilho, ao que me parece, quer implementar camaras em alguns sitios de lisboa a favor de uma suposta 'maior segurança').A vida de uma pessoa normal é constituida por duas partes:a parte social (escola,amigos,emprego,familia,religiao,enfim a nossa interacçao!)e a parte individual (a nossa privacidade,akilo que vai na nossa cabecinha,os momentos intimos,aquilo que nao diz respeito a ninguem).Se akilo que dizes acontecesse,seria anular uma dessas partes,por sinal importantissima...péssimo!
    granda bedzo:) tnh d ir ver o filme,q deve ter piada!:)*

     
  • At 2:53 AM, Anonymous Anonymous said…

    Hey, como o pacheco me diz para comentar nem q seja pa dizer "lido" aqui estou eu..

    Mas por acaso hoje até tenho algumas considerações sobre esse filme:
    digo filme mas deveria dizer argumento, porque o filme parte duma boa história, de uma boa ideia de base mas muito mal desenvolvida.

    Quando li a sinopse (aquela merdinha de resumo da historia), pensei "Grande filme, tenho de ir ver." Quando acabei, deu-me a sensação que era um filme com potencial, que podia ser tipo um Minority Report, mas que estava bastante mal aproveitado.

    Quanto à ideia em si, é realmente assustadora e dá um poder aos 'editores' inimaginavel, provavelmente mais ainda do que a qualquer juiz actual, pois permite-lhes conhecer todos os erros da vida de uma pessoa.

    Agora sobre como eu reagiria, não sei... Primeiro pensei que isso até poderia ter um efeito de acalmia, de não fazer muita 'merda', um efeito controlador, mas logo a seguir compreendi a pessoa que se suicidou dum prédio altíssimo, caindo de cabeça para o implante ficar completamente destruido ....


    e por fim comment ao comment: ta descansado q o carrilho n ganha :P

     
  • At 6:38 AM, Blogger J said…

    A minha primeira reacção? Tirar o mecanismo.
    Porquê? Porque embora haja momentos da nossa vida que nós gostariamos de deixar marcados para sempre, esses momentos são, na minha opinião, demasiado privados e próprios. Cada pessoa vive de uma maneira, cada um vê, ouve, cheira, apalpa, pensa à sua maneira. É assombroso e assustador pensar que aquilo que se passa dentro de mim, no meu eu mais pronfundo pudesse, algum dia, ser visto por outro pessoa. E esta ideia é assustadora fosse essa pessoa o tal "Editor" ou apenas uma pessoa de familia: um filho, um marido, qualquer pessoa. Há coisas nossas, tão nossas, que se perderiam. Porque passariamos a "viver de cor" (já diziam os Toranja), a representar papéis para que mais tarde alguém avaliasse a nossa prestação.

     
  • At 12:43 PM, Anonymous Anonymous said…

    Eu vivo assim. Como se tudo o que fosse estivesse a ser gravado.Não serão precisos mecanismos em nós pra ter um qq efeito de acalmia se soubermos ter orgulho naquilo que somos e respeitarmos os nossos princípios.Muito sinceramente, não me importava.
    Sou transparente.
    Quanto às coisas que são só nossas..No mundo, milhões de pessoas sentem como nós,outras tantas pensarão como nós. Se alguém pensa que é unico no mundo que se engane.
    Porém, e falando em termos mais práticos, essas tais gravações, tendo em conta de que partiriam de um mecanismo provado, tb elas poderiam ser privadas e assinadas autorizações de exibição. Tipo quando abrimos contas no banco e as podemos partilhar ou nao. Podia ser que tb nós pudessemos integrar bocadinhos da vida de outros na nossa própria vida. Não?...
    Acho que não teria medo. As recordações são algo saudável, caros amigos! Todas elas.

     
  • At 12:49 PM, Anonymous Anonymous said…

    errata: engane -> desengane; provado -> privado.

     

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